Graciliano Ramos, um dos maiores escritores
brasileiros, nasceu em 1892 na pequena Quebrangulo, Alagoas. Faleceu no ano de
1953. Deixou um legado cultural que inclui obras como Caetés, Histórias de
Alexandre e Memórias do Cárcere. Graciliano foi preso no ano de 1936
acusado de envolvimento com o Comunismo. O romance Vidas Secas é considerado
sua obra mais importante.
Vidas Secas fala
da luta de Fabiano e sua família – Sinha Vitória, 2 filhos pequenos e a cachorra Baleia - para sobreviver à seca.
E o modo que encontram é perambular pelo sertão como retirantes em busca de
trabalho, abrigo e comida.
Algumas
descrições são tão realistas que mais parecem uma pintura do que um livro.
Através das palavras do Autor dá pra sentir o nó da madeira na cama de varas de
Sinha Vitória; é possível sentir os calcanhares machucados de Fabiano e
impossível não se afeiçoar à cadela vira-lata, tantas vezes humanizada ao longo
da história.
A narrativa não
termina como um conto de fadas e a família se vê obrigada a continuar fugindo
da miséria trazida pela seca. Mas, em
meio ao que parece destino de andar em círculo de dor, o casal é capaz de apoiar
um ao outro e vislumbrar um futuro diferente. E assim conclui com uma mensagem
implícita de resiliência e esperança.
“Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se
foi esboçando. ... Iriam para diante, alcançariam uma terra desconhecida.
Fabiano estava contente e acreditava nessa terra, porque não sabia como ela era
nem onde era.”
Abraço e boa leitura!
Este é o livro número 1 do Projeto 16 Livros em 2016.
Este é o livro número 1 do Projeto 16 Livros em 2016.
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